domingo, 24 de maio de 2009


É IMPOSSÍVEL ESQUECER LUIZ GONZAGA, O REI DO BAIAO!!!

A história de um povo, de uma nação é preservada quando um poeta transcreve a alma desta nação para seus poemas, versos e prosas. Nossa história universal se deve a pessoas que tiveram esta preocupação, bem como, nossa história cristã que fora compromisso de vida de pessoas que fizeram experiência íntima com cristo e seus discípulos. A estes devemos o nosso conhecimento, hodierno e presente, de nosso passado histórico e de fé.

A história brasileira durante o final da 1ª metade do século XX, foi documentada na vasta “Enciclopédia Musical Gonzagueana”. Na Capital da República o filho de Seu Januário e Dona Santana lá das bandas do Novo Exu, terras do Nordeste, com o início de sua griffe gonzagueana se impunha para gravar a história de um povo.

Quebrando as arestas do preconceito de moreno, pobre e nordestino, o futuro “Sanfoneiro do Povo de Deus” gravava seu primeiro disco solo no dia 14 de março de 1941, documentando a história e o sentimento de uma nação. Seu compromisso para com a nação brasileira duraria por mais de meio século finalizando com o lançamento de dois de seus últimos trabalhos lançados à alguns meses após sua morte, ocorrida no dia 02 de agosto de 1989.


Decorrido mais de 18 anos de sua partida para a eternidade Gonzagão é lembrado musicalmente nas diversas realidades social e humana. Sua música é cantada por outros artistas que teve como referencial o Mestre do Araripe. Estes, na sua maioria, foram pessoas que participaram da escola gonzagueana. Nosso querido Gonzagão tem consciência disso e alguma vez chegou a afirmar: “Muitos artistas jovens que falam que têm, em minha pessoa, a principal influência, é porque quando eram meninos iam me assistir nas praças públicas com seus pais, de graça. E me viam cantado, pulando, falando, xaxando, fazendo as brincadeiras de cangaceiros , e ali foram desenvolvendo suas artes.”

Estamos nos aproximando do dia 13 de dezembro, mês que nós comemoramos o aniversário de Luiz Gonzaga. Alguns anos antes de sua morte, na cidade de Exu, Gonzaga oferecia aos artistas e aos exuenses festa e comida, por ocasião de seu aniversário natalício. Essa festa foi dada continuidade após a sua morte, tornando-se tradição no calendário dos fãs do Rei do Baião que visitam anualmente a cidade de Asa Branca da Paz. As visitas se estendem ao cemitério em que Gonzagão foi sepultado; a Igreja Matriz de Bom Jesus dos Aflitos; o Parque Aza Branca – propriedade construída por Luiz Gonzaga, e por fim dando um pulinho ao Araripe, local em que nasceu Luiz Gonzaga do Nascimento.

Luiz Gonzaga é a síntese poética da história brasileira conforme afirmara um poeta: “Quem quiser preservar toda a história do Brasil salve de alguma catástrofe uma coleção completa de Luiz Gonzaga”. Mediante tal raridade não é possível esquecer a memória deste homem que levou sua vida abraçado aos 120 baixos defendendo nossa história. Se esquecermos Luiz Gonzaga estaremos esquecendo de nós mesmos.

Exu se prepara para receber em seu seio, na residência de Luiz Gonzaga, os milhares de fãs que vem do Brasil inteiro para prestar seu tributo de homenagem ao nosso irmão que por mais de cinqüenta anos defendeu a dignidade do homem sofrido do sertão nordestino.
O Sanfoneiro do povo de Deus que tocou e cantou em todos os municípios brasileiros com mais de quatro mil habitantes completaria 95 anos se vivo estivesse. Mas seu aniversário será comemorado por seus milhares de fãs porque sua voz, sua sanfona e o seu canto ficaram imortalizados na alma deste Povo, chamado Brasil.

Parabéns Gonzagão! Parabéns Exu! Parabéns Brasil!

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